As úlceras no pé diabético são complicações sérias e requerem atenção e cuidado especializado. Se não tratadas adequadamente, podem levar a infecções graves e, em casos mais extremos, até mesmo a amputações.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a incidência de úlcera do pé ao longo da vida de pacientes com diabetes é de 19% a 34%. Após a cicatrização bem-sucedida, as recorrências são de 40% em um ano e de 65% em três anos.
Por isso, é crucial conhecer as opções de tratamento disponíveis para lidar com essas úlceras. Neste post blog, vou explorar algumas abordagens para tratar úlceras no pé diabético.
Me acompanhe para saber mais!
O surgimento de úlceras no pé diabético é causado por uma combinação de fatores relacionados ao diabetes e suas complicações. As principais causas que contribuem para o desenvolvimento das úlceras são:
A neuropatia diabética é uma condição em que os nervos dos pés são danificados devido ao diabetes. Isso resulta em perda de sensibilidade nos pés, tornando-os menos capazes de sentir dor, pressão ou desconforto. A falta de sensibilidade aumenta o risco de lesões e úlceras, pois o indivíduo pode não perceber feridas ou irritações nos pés.
O diabetes pode afetar os vasos sanguíneos, comprometendo o fluxo adequado de sangue para os pés. Essa má circulação sanguínea dificulta a entrega de oxigênio e nutrientes aos tecidos dos pés, prejudicando a cicatrização e aumentando o risco de úlceras.
A falta de sensibilidade nos pés pode levar a um maior risco de traumas e lesões. Mesmo pequenos ferimentos, como calosidades, bolhas ou cortes, podem se transformar em úlceras se não forem tratados adequadamente. Além disso, a pressão excessiva exercida sobre áreas específicas dos pés, devido ao uso de calçados inadequados ou deformidades do pé, pode levar à formação de úlceras.
Deste modo, um trauma ou calosidade na planta do pé, em um paciente que não possui sensibilidade na planta dos pés, torna-se uma úlcera. A falta ou insuficiência de circulação sanguínea no pé agrava ainda mais este cenário.
O tratamento das úlceras no pé diabético requer uma abordagem abrangente e personalizada para promover a cicatrização adequada e prevenir complicações.
Limpeza e curativo da úlcera: A primeira etapa é limpar a úlcera com cuidado, removendo o tecido morto e irrigando-a com soluções antissépticas. Em seguida, é aplicado um curativo adequado para proteger a úlcera e promover um ambiente de cicatrização ideal.
Desbridamento: Em alguns casos, pode ser necessário remover o tecido necrótico ou infectado da úlcera por desbridamento. Isso ajuda a limpar a ferida, estimula a cicatrização e reduz o risco de infecção.
Controle da infecção: Se a úlcera estiver infectada, é essencial tratar a infecção com antibióticos adequados.
Alívio da pressão: Reduzir a pressão exercida sobre a úlcera é fundamental para promover a cicatrização. Isso pode ser alcançado através do uso de calçados especiais, palmilhas ortopédicas, órteses ou até retirar o apoio completo do pé através de andadores especiais ou cadeira de rodas.
Terapias avançadas: Em certos casos, terapias avançadas podem ser necessárias para estimular a cicatrização. Isso inclui terapia de pressão negativa, que promove a circulação sanguínea e remove o excesso de fluidos da úlcera, e terapia com oxigênio hiperbárico, que fornece oxigênio puro em uma câmara pressurizada para estimular a cicatrização.
Controle glicêmico: Manter um bom controle dos níveis de glicose no sangue é essencial para facilitar a cicatrização das úlceras. Isso pode envolver o uso de medicamentos, dieta equilibrada e atividade física regular, conforme recomendado pelo médico.
Os ortopedistas são especialistas em diagnóstico, tratamento e manejo de condições relacionadas aos pés e tornozelos. Eles possuem um profundo conhecimento da anatomia, biomecânica e doenças específicas dessas regiões, incluindo as complicações associadas ao diabetes.
Além disso, os ortopedistas oferecem tratamento especializado para o pé diabético. Eles têm conhecimento e experiência em diversas opções de tratamento, incluindo o manejo de úlceras, deformidades ósseas, neuropatia e complicações do pé.
Por meio da prescrição de medicamentos, realização de procedimentos cirúrgicos quando necessário, orientações sobre cuidados com os pés e recomendação de terapias físicas específicas, eles ajudam a promover a recuperação e prevenir complicações.
Um dos principais objetivos do tratamento do pé diabético é evitar amputações, e os ortopedistas desempenham um papel fundamental nesse aspecto.
Com diagnóstico precoce, intervenções adequadas e acompanhamento contínuo, eles podem ajudar a minimizar o risco de amputação, tratando infecções graves, úlceras crônicas e deformidades que podem levar à perda de membros.
Sou ortopedista formado pela Santa Casa de São Paulo, com especialização em cirurgia do pé e tornozelo pela Universidade de São Paulo. Atuo na cidade de São Paulo, oferecendo cuidados especializados para pacientes que enfrentam essa condição desafiadora, o pé diabético.
Estou aqui para fornecer orientações, responder suas perguntas e acompanhar você em cada etapa do processo de tratamento do pé diabético.
Agende uma consulta e venha conhecer mais sobre os cuidados necessários e as opções de tratamento disponíveis.