Os trigonum – Já ouviu falar?

Muitos pacientes ao lerem esse nome em laudos de ressonância ficam intrigados? O que seria isso?

Bom, Rosenmuller em 1804 descobriu e descreveu cientificamente o achado de um pequeno osso posterior ao tubérculo lateral do processo posterior do tálus. Parece complexo, mas já veremos que não, trata-se apenas de sua localização. Após alguns anos, mais precisamente em 1885, Badeleben o nomeou como “OS TRIGONUM”

 

Observe nesta imagem uma foto vista de cima do osso tálus. Na região posterior do tálus (PROCESSO POSTERIOR), existe uma proeminência óssea denominada TUBÉRCULO LATERAL. Apenas a título de curiosidade, essas duas proeminências (tubérculo medial e lateral) existem na concavidade (sulco) formado pelo tubérculos passa um tendão, chamado flexor longo do hálux, este é um dos responsáveis por fletir o dedão do pé.

Agora que já sabe tudo isso, fica muito mais fácil.

Pessoas são diferentes umas das outras, e por isso possuem diferentes tipos de processo posterior do tálus. Deste modo, quando o tubérculo lateral é muito grande, o chamamos de processo de Stieda. Já quando ele apresenta um osso acessório colado nele, chamamos este ossinho de “OS TRIGONUM”. Observe a baixo

 

Há vários estudos avaliando a sua prevalência, mostrando prevalência de 2 a 30% da população. Homens e mulheres possuem a mesma incidência e foi observado que Afrodescendentes possuem um incidência menor.

Mas por qual motivo eu preciso saber sobre esse ossinho!!!

A maioria das pessoas que possuem o “os trigonum” ou processo posterior de Stieda são assintomáticos. No entanto esse ossinho é um dos causadores de uma lesão chamada de impacto posterior do tornozelo, e nestes casos pode gerar dor local e incapacidade de realizar algumas atividades.

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